segunda-feira, novembro 12, 2007

Desassossego


O desassossego, lágrimas que o definem, jorram fluentemente, descaindo num rosto desprotegido pela vida leviana que o tomou.

Prazeres promíscuos cultivados numa beleza desconcertante, destino que se prolonga numa existência infundada em volta do seu escárnio.

Sorrisos inocentes que se revelam, brotando em toques mordazes, despertando a vontade de sentir o que ainda não se sentiu.

Fragmentos de vida que se retratam em marés negras flutuam sem rumo.

Pensamentos incultos, numa vida mal fadada.

O pressentimento, o olhar que penetra e dilacera o sentimento mais fraco.

O amor, um desassossego.



4 comentários:

teorias disse...

Muito bom, muito profundo... gostei da forma como escreves... eu não tenho tanto pra dar na escrita.. mas tenho uma teoria para o desassossego... talvez possas dar uma olhadela... http://teoriasemaisteorias.blogspot.com/2006/02/teoria-do-desassossego_14.html

Balbino disse...

O senhor Graça Loureiro é muito bom! =)

Beijinho

PS- Que fique aqui resgistado que tive de chamar "wnafr" ao senhor disabled azul... Caso contrário, este comentário não seria editado.

Joel Soares disse...

O desassossego, amor...fervilha, arrepia, capaz de toques mágicos que deslizam sobre a pele com ânsia do querer mais e mais...o inquieto voa de um ponto ao outro, acaba por acalmar com um simples suspirar sobre...ti, tu. O abraço envolve uma vida, onde cada curva é uma incerteza...olho e vislumbro no horizonte o futuro risonho que à muito procuro...

Bijinho no narizinho :)

Nuno Freitas disse...

Não vou tentar dissertar nem dar a minha perspectiva acerca do desassossego nem do amor. Porquê? Primeiro pq acho q o fizeste de uma forma particularmente emotiva e segundo pq tenho uma reputação de insensível a manter. Espero q a inspiração flua como até agora, é sempre um prazer ler os teus posts.

ps.não fazia a mínima que lias o meu blog... mt menos q o achavas interessante. a seguir ao brinde do bolo rei esta foi a maior surpresa natalícia.