quinta-feira, novembro 09, 2006

Toque



O toque que se funde num corpo rígido, não teme o calor dissipado por este.
Esfumaçando pela brisa pesada e ténue formando gotículas de gelo,
repousa na pele embriagada do nada.
A mão que derrete o cavernículo,
onde se encontra o coração palpitante desejoso de trespassar aquele que o tenta possuir.
Tão fria, ali se encontra a musa do mal,
detentora dos amores perdidos.
O silêncio que me consome,
O afecto que não foi sentido,
Os olhares que se repudiaram,
as imagens que se transfiguraram, O cheiro que se mantêm,
O mau presságio que se realizou,
O choro que sufocou,
O beijo que não se deu,
O número que assinalou o final da linha.
A presença que falhou numa noite tépida,
esvoaçou sobre as águas luminosas que tanto querias contemplar.
O escuro padeceu em mim,
O teu semblante emurcheceu o cristalino olhar daqueles que sentiram os arrepios quentes da paixão.
No cais onde as vidas partem e regressam, tu partiste,mas voltarás de novo á minha linha.


2 comentários:

Anônimo disse...

Mt bons poemas.. keep it going ;)

Beijinhu e boa sorte po blog ***

Anônimo disse...

toque..
esta prendeu m a ler!