sábado, março 07, 2009

Break the Silence


Rogai sob essas mentes deslavadas. O meu afecto será inútil.

Murmuro sobre o Tejo, sobre as águas escarradas pelo povo libertino.

Não há fado que contemple o suor, a vinha, o aroma derramado pelo Douro.

Multiplicidade de vozes que praguejam numa cantada fervorosa.

O podre que escorre pelas ruas.

As multidões silenciosas e apressadas convergem e divergem pela sua diferença.

Desalojados de mente, convertem-se à fome urbana.

Suas bocas suturadas calam-se perante as vozes sociais que se rompem do pensamento à palavra.

A voz é fétida, calem-se os ouvidos!

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