
Rogai sob essas mentes deslavadas. O meu afecto será inútil.
Murmuro sobre o Tejo, sobre as águas escarradas pelo povo libertino.
Não há fado que contemple o suor, a vinha, o aroma derramado pelo Douro.
Multiplicidade de vozes que praguejam numa cantada fervorosa.
O podre que escorre pelas ruas.
As multidões silenciosas e apressadas convergem e divergem pela sua diferença.
Desalojados de mente, convertem-se à fome urbana.
Suas bocas suturadas calam-se perante as vozes sociais que se rompem do pensamento à palavra.
A voz é fétida, calem-se os ouvidos!
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