quinta-feira, junho 19, 2008

Despido



Tenho sede, sedento de ti, sede do que não tenho.

Teu ar de libertina desperta-me, ser que se refugia na clausura do nada sentir.

Sinto as blasfémias que disparas da tua boca, esses lábios tão delineados, e deliciosamente carnais, sempre que me pedes para te possuir, desejo não te dar esse prazer.

Estendida no teu doce leito, acariciando tua pele acetinada, evocas-me com o teu olhar.

Esta noite segue-se em vão, as palavras repetem-se, os desejos acomodam-se, o acto não se consome, e deixas-me despido, um mero
regozijo ao teu dispor.






9 comentários:

someonesomewhere disse...

damn girllll!

Eu ja te tinha dito q tinhas jeito pa estas coisas mas cada vez me surpreendes mais =)

L disse...

Quando o mundo exterioriza os nossos medos e vivemos o que nunca desejamos viver, temos aos nossos de alma que depositar a esperança.
O prazer que nos pedem, que possa ser satizfeito quando o mundo clarear. Somos todos carne e carne deseja. Que o desejo seja guardado no recanto da memória de algo que devemos. Devemos não porque o respeito o obriga, mas porque o amor o exige.

Moon_T disse...

tendo lidoe gostado;
amanha é outro dia e quanto mais sede se tem melhor sabem os fartos goles de prazer...




obrigado

Anônimo disse...

venha participar em www.luso-poemas.net

Anônimo disse...

gostei muito do teu blog parabéns passa no meu espero que gostes http://_darkstar_.blogs.sapo.pt/

Hermínia Nadais disse...

Realidades!... As realidades da vida... retratadas em poucas e maravilhosas linhas.

Anônimo disse...

Reparei que a poeira se misturava às nuvens,
e, sem pôr o ouvido na terra,
senti a pressa dos que chegavam.
Disse-me de repente: "Eis que o tropel avança".
Mas todos me olhavam como surdos,
e deixavam-me sem responder nada.
Vi as nuvens tornarem-se vermelhas
e repeti: "Eis que os incêndios se aproximam".
(Mas não havia mais interlocutores.)
"Eles vêm, eles não podem deixar de vir",
balbuciei para a solidão, para o ermo.
E já por detrás dos montes subiam chamas altas;
ou eram estandartes ou eram labaredas.
Perguntei: "Que me vale ter casa, parentes, vida?
Sou a terra que estremece? ou a multidão que avança?
Ó solidão minha, ó limites da criatura!
Meu nome está em mim? no passado ou no futuro?
Ninguém responde. E o fogo avança para meu pequeno enigma".
Apenas um anjo negro entreabriu seus lábios,
verdadeiramente como um botão de rosa.
"Death"

nyzx disse...

As fotos desde blog estão altamente! gostei bastante :)

Anônimo disse...

Andas sempre cheia de sede..es impressionante xD pareces sei la quem -_-

Ve se começas a fazer poemas menos pornofodograficos :P

As xs entram aqui pessoas sensíveis como eu..

Desde que li o teu 1º poema aqui nunca mais fui o mesmo..era uma pessoa inocente e pura.. mas agora e so sonhos imundos e pensamentos improprios graças a ti :X