Tenho sede, sedento de ti, sede do que não tenho.
Teu ar de libertina desperta-me, ser que se refugia na clausura do nada sentir.
Sinto as blasfémias que disparas da tua boca, esses lábios tão delineados, e deliciosamente carnais, sempre que me pedes para te possuir, desejo não te dar esse prazer.
Estendida no teu doce leito, acariciando tua pele acetinada, evocas-me com o teu olhar.
Esta noite segue-se em vão, as palavras repetem-se, os desejos acomodam-se, o acto não se consome, e deixas-me despido, um mero
regozijo ao teu dispor.